Juventude

As ações do Corra pro Abraço Juventude tem como público prioritário jovens em situação de risco que vivem em contextos marcados pela violência decorrente da criminalização das drogas. A educomunicação é a metodologia utilizada, aplicada em parceria com a Cipó – Comunicação Interativa, ONG baiana especializada em promoção de direitos para a juventude através da comunicação.

A formação de jovens por meio da comunicação trabalha simultaneamente com os quatro pilares da educação: aprender a aprender, aprender a ser, aprender a conviver e aprender a fazer. O papel do educador é de mediador da aprendizagem e não o de mero transmissor de conhecimento. Outro aspecto importante da educação pela comunicação que a torna adequada à utilização em ações de formação de jovens em contexto de vulnerabilidade, é seu caráter transversal, que possibilita a reflexão em torno das mais variadas temáticas, incluindo práticas de redução de danos, fortalecimento das identidades, participação social e política na comunidade e cidadania ativa.

A partir do consumo crítico e da produção de peças e ações de comunicação, o Programa Corra pro Abraço em parceria da Cipó – Comunicação interativa,  aborda temas essenciais para a formação da juventude em vulnerabilidade, sobretudo negra, como ocorre nas grandes cidades brasileiras tal qual Salvador. Racismo/preconceito/discriminação, desigualdade racial, de gênero, de geração, classe, diversidade sexual, e as interseções entre essas singularidades são alguns dos debates promovidos para a promoção dos direitos dos jovens, tendo a transversalidade e a interseccionalidade como caminhos orientadores das abordagens.

Em paralelo a realização das atividades de formação política, são trabalhados o fortalecimento de vínculos com familiares e as comunidades a quais os jovens pertencem, assim como a elaboração de projetos de vida, com destaque para os cursos profissionalizantes, e o acompanhamento de demandas psicossociais. No contexto da pandemia de COVID-19, o Corra pro Abraço continua com o acompanhamento de beneficiários, tendo intensificado as ações de cuidado, através visitas domiciliares, articulação de rede, distribuição de insumos de Redução de Danos e alimentos, assim como encaminhamentos de demandas de acesso a direitos humanos e serviços públicos.