Programa Corra pro Abraço completa 10 anos de existência neste sábado

Em uma década de atividade, o programa prestou 228.570 atendimentos, com 26.097 beneficiários, e agora está presente em Feira de Santana e Vitória da Conquista

Neste sábado (22), o Corra pro Abraço, progama vinculado à Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), completa 10 anos de existência. Em atividade desde 2013, o programa tem atuado para garantir direitos e cuidado integrais a pessoas que fazem uso abusivo de substâncias psicoativas e se encontram em situação de rua, estão em conflito com a Lei ou em situação de vulnerabilidade social e econômica extrema.

Baseado nas estratégias de redução de danos e na arte-educação, o Programa aproxima seus beneficiários de políticas públicas que, por conta de estigmas e desigualdades sociais, parecem inacessíveis ou de difícil acesso a esse público, prioritariamente serviços nas áreas de saúde, assistência social, educação e justiça.

Em 10 anos de atuação em Salvador, o Corra pro Abraço prestou mais de 228.570 atendimentos, com mais de 26.097 beneficiários, segundo dados do Programa colhidos até maio de 2022. Neste período, o programa promoveu mais de 1.709 capacitações à rede de atenção psicossocial. Foram mais de 115 cursos profissionalizantes para beneficiários do programa, com mais de 2.598 participantes, além de mais de 203 saídas culturais.

Ao todo, o programa realizou mais de 23.270 encaminhamentos para diversos serviços e políticas públicas, como Sistema Único de Saúde (SUS), Sistema Único de Assitência Social (SUAS), habitação, inserção e capacitação profissional, acesso a bens culturais, práticas esportivas e emissão de documentos.

Com investimento de R$13,3 milhões, o programa foi ampliado em 2023 e agora, além de Salvador, tem unidades em Feira de Santana e Vitória da Conquista. Ao todo, são três equipamentos em funcionamento no estado que atuam na promoção da cidadania e garantia de direitos de pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica extrema. A expectativa é que a iniciativa seja instalada em mais municípios baianos até 2024.

Centro de Referência em Redução de Danos

Em 2023, o programa inaugurou o Centro de Referência em Redução de Danos e População em Situação de Rua Maria Lúcia Pereira, em Salvador, espaço que leva o nome da líder e coordenadora do Movimento Nacional População de Rua, Maria Lúcia Pereira, falecida em 2018.

Com atividades de demanda aberta e abrangência estadual, o equipamento presta atendimento a populações vulnerabilizadas, como pessoas em situação de rua e\ou afetadas por problemas relacionados ao uso abusivo de drogas, bem como pessoas em conflito com a lei que necessitam de orientação jurídica.

Corra pro Abraço Juventude

As ações do Corra pro Abraço Juventude tem como público prioritário jovens em situação de risco, de 15 a 29 anos, que vivem em territórios marcados pela violência. Os bairros atendidos pela iniciativa, hoje, são Plataforma e Beiru. As atividades têm como ferramenta metodológica a educomunicação, associadas a uma formação política e para redução de riscos e danos associados ao consumo de drogas.

Em paralelo a realização destas atividades são trabalhados o fortalecimento de vínculos com familiares e a comunidade, a elaboração de projetos de vida e o acompanhamento de demandas psicossociais.

Observatório Baiano de Políticas sobre Drogas

O Observatório Baiano de Políticas sobre Drogas é um dispositivo, no âmbito do programa Corra pro Abraço, que tem como objetivo conhecer, ampliar, e divulgar as estatísticas do uso de drogas em municípios baianos, subsidiando a formulação e implementação de políticas sobre drogas no estado da Bahia.

O equipamento trata de estratégias de prevenção, tratamento, reinserção social e redução de riscos e danos para pessoas que fazem uso abusivo de drogas e seus familiares, além de dados referentes à população em situação de rua de diferentes regiões do estado.

Audiências de custodia

Em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, o Corra pro Abraço acompanha também pessoas custodiadas em contexto de vulnerabilidade social que passam por audiências de custódia. O objetivo é instruir e educar custodiados e familiares sobre seus direitos e sobre a complexa trama do universo jurídico.

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